quarta-feira, 11 de abril de 2012

Àcerca de Sereias; About Mermaids



Mermaids and Sirens have been a part of our collective imagination for millennia. They are present in most of our world's cultures and they've been the lead figures of an immense number of tales and legends. Perhaps the most famous of all is the story about Ulysses, when he was returning home, he asked his men to cover their ears in beewax, and to tie him to the main mast, while asking them not to free him while crossing the mermaid sea, no matter how much he would ask. It is a tale full of ancient wisdom that we seem to have consumed without even thinking about it... Because today's sirens have many other forms, and though they may not be recognizable, their singing still hypnotises and is still capable to throw our ship straight into the rocks. You may happen to have friends, who are able to tie you up to the mast of your ship, but also be there for them, because they might be needing you to take them away from the embrace of their own sirens.

Todos conhecemos as Sereias, essas criaturas mitológicas metade mulher (ou homem) e metade peixe, e conhecemo-las porque a sua imagem tem sido tão amplamente difundida em todos os meios possíveis e imaginários... Já de há muito tempo em pintura, escultura, gravura, e mais recentemente em publicidade presente em cartazes, revistas, nos filmes, na televisão, etc... As Sereias existem no imaginário da Humanidade há milénios, e as suas histórias são inúmeras, ora atestando bondade perante o Homem, ora mais frequentemente malvadez, ou como augúrios de má-sorte. Talvez a história mais conhecida seja aquela que nos é contada na Odisseia de Homero, em que os tripulantes do navio de Ulisses tapam os ouvidos com cera, enquanto o amarram ao mastro principal, para não seguir a cantoria hipnótica das ditas cujas...

Mas para além das histórias que conhecemos e das imagens com que somos bombardeados constantemente na televisão, há certos pormenores que nos escapam, resultado desta cultura consumista do imediato em que queremos toda a informação prontinha a ser servida sem termos de pensar no assunto. E onde é que eu quero chegar? A Humanidade está a decair. Estamos a ficar com preguiça de pensar, e com preguiça para agir, limitando-nos ao conformismo da actualidade, sob bombardeio constante de informação inútil e que só serve para nos afundar ainda mais... As Sereias dos dias de hoje, já não são meio peixe nem meio pássaro, mas o seu canto continua altamente hipnótico, e capaz de levar o nosso barco directamente para os rochedos. Existe uma interpretação que afirma que, devido à natureza divina das Sereias, estas eram incapazes de alimentar os Homens que atraíam, que morriam à fome ao mesmo tempo que recusavam afastar-se... Os textos antigos estão repletos de informação vital, se soubermos retirar as devidas conclusões. É preciso é desenvolver o pensamento.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Um novo paradigma



Os tempos em que vivemos hoje estão mergulhados em mudança... Da mesma forma que, há dez anos atrás, ninguém previa a situação em que estamos hoje, também a nós, nos é impossível definir com exactidão o onde e como estaremos daqui a dez anos. É esta mudança rápida e radical que, potenciada pelo desenvolvimento galopante das tecnologias de informação, nos leva a pensar que, com o actual sistema educativo, podemos não estar a preparar da melhor forma as nossas crianças.

Uma palestra fascinante, na qual Sir Ken Robinson acredita que deve ser aplicado um novo paradigma na educação, baseado na criatividade e nas aptidões naturais que estão adormecidas dentro de cada um de nós.

Recomendo vivamente!

sábado, 8 de maio de 2010

quinta-feira, 22 de abril de 2010

terça-feira, 20 de abril de 2010

domingo, 11 de abril de 2010

Pós-Angoulême 2010

Barraca dos novos autores - Angoulême, 30 de Janeiro de 2010



Na foto, em 1º plano (da esq. para a dir.) Rui Lacas, Filipe Pina e Filipe Andrade. Ao fundo, a fila para a Glénat.

O objectivo desta reunião de tugas era o mesmo, sobreviver à fila e conseguir chegar à mesa da Casterman.

Angoulême foi uma experiência indescritível. Só quem por lá passa é que tem a noção do mundo que aquilo é. É uma outra mentalidade, uma outra maneira de ver a Banda Desenhada, que não existe cá em Portugal. O resultado foi que regressei a Portugal, com um entusiasmo e com uma motivação para produzir, que nunca tinha sentido antes.

Voltando à fila da Casterman, depois de 5 horas à espera pela minha vez, confesso que não estava à espera de grande coisa... Simplesmente meti-me na fila, poque tinha curiosidade em saber o que é que os fulanos de uma das GRANDES editoras da BD franco-belga tinha a dizer sobre o meu trabalho, e, quem sabe, talvez ficassem com o meu portfólio para referência no futuro. Pensei eu. Depois de passarem à frente de todas as ilustrações que lá tinha, directamente para as pranchas, o que me disseram, no meio de um francês que mal conseguia compreender, quanto mais falar, foi que as pranchas eram, de facto, interessantes (mais pela narrativa e pela história que contavam, do que pelo estilo do desenho), mas que não era "comercializável". O que percebi depois, à conversa com um argumentista e com um outro autor franceses, foi que o meu trabalho, com o meu estilo de gravura ultra-trabalhado e ultra-demorado, era trabalho de FANZINE. E fanzines, eles não publicam. Nenhuma grande editora de BD franco-belga publica fanzines.

O Gary Erskine disse, no workshop que deu em Beja durante o FIBD do ano passado, é que os autores têm que fazer certas escolhas, entre o tipo de trabalho que fazem e aquilo que a editora está disposta a publicar. "Ok, so you have a great style, but how long do you take to create a page? If you take three days, that can be acceptable, one or two weeks... well...". Outra coisa que ele disse, foi que cada autor deve organizar o portefólio de acordo com aquilo que a editora-destinatário publica.

Então comecei de imediato a trabalhar num álbum, numa história que levei dois meses a planificar e que estou a direccionar para a Soleil. Dei-me a mim próprio um prazo de um ano, até ao próximo festival de Angouléme, para trabalhar no máximo que conseguir da história enquanto estiver desempregado. O que pode acontecer, só o futuro o dirá.



Dois meses depois, tenho a história completamente planificada, e já comecei a trabalhar nas pranchas. Penso que consigo fazer uma prancha a preto e branco em dois dias, mas a coloração vejo depois como vou fazer.

Ah, e convém tirar um curso de francês entretanto :P

Beijocas e abraços

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Estive lá!!!




O alegado túmulo do rei artur situa-se no que resta da Abadia de Glastonbury. Foi entre a mitologia arturiana e a meteorologia instável que visitei Glastonbury. Senti o antigo lugar da abadia como um sítio cheio de paz, e convidativo à reflexão.

Glastonbury.

Apesar de não fazer a mais remota ideia de que Glastonbury era, de facto, um centro cultural para a miríade de cultistas seguidores da "fábula" arturiana, encontrei-me no próprio local, rodeado de "wiccans", e seguidores das práticas e rituais pagãos que caracterizam esse culto, em plena preparação para o solstício de inverno. Foi algo de memorável. Fui atingido por uma energia que confesso nunca ter sentido antes, e foi algo que garanto nunca vir a esquecer. A subida ao Tor foi igualmente memorável, no meio de uma tempestade de neve, algo que, no Alentejo, a minha terra natal, muito dificilmente conseguirei repetir, por motivos óbvios. A experiência que a minha ida à Inglaterra proporcionou, foi única. Pretento repeti-la, talvez tendo a Sãozinha como companhia, num qualquer dia breve em que regresse a esse lugar. Fica a memória do tempo passado, o prazer de ter feito novas amizades, e o desejo inevitável de lá regressar. Adorei. Um abraço a todos, e a todas, as pessoas que conheci em Taunton, e até ao meu regresso. Um grande abraço.